O esporte para pessoas com deficiência começou como uma
tentativa de colaboração no processo terapêutico. Nos dias de hoje, mais do que
terapia, o esporte para pessoas com deficiência visa o alto rendimento, e o
nível técnico dos atletas impressiona ao público e aos estudiosos da área da
atividade física.
O primeiro programa de educação física para pessoas com
deficiência aconteceu por volta de 1838, atendendo aos deficientes visuais na
escola Perkins, na cidade de Boston devido as iniciativas do diretor Samuel
Gridley Howe. Os exercícios médicos, que visavam a prevenção de doenças e
promoção da saúde e vigor da mente e do corpo, tiveram grande influência, neste
processo.
Na Inglaterra, em 1944, Sir Ludwig
Guttman (neurologista e neurocirurgião), criou um programa de tratamento no
Centro de Lesão Medular do Hospital de Stoke Mandeville, que introduziu várias
modalidades desportivas e promoveu as primeiras competições como forma de
reabilitar militares feridos na Segunda Guerra
Mundial.
Nos dias atuais, os Jogos Paralímpicos são o maior evento
esportivo mundial envolvendo pessoas com deficiência, reconhecidos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e
sancionado pelo Comitê Paralímpico Internacional (CPI), organização que é
membro do COI. Estes jogos equivalem às Olimpíadas, e estão voltadas principalmente
aos atletas com deficiências físicas ou comprometimentos visuais.
Realizados pela primeira vez em 1960 em Roma, Itália os jogos incluiam atletas com
deficiências físicas (de mobilidade, amputações, cegueira ou paralisia cerebral), além de deficientes mentais e intelectuais leves e
moderados. O sucesso das primeiras competições proporcionou um rápido
crescimento ao movimento paralímpico, que em 1976 já contava com quarenta
países. Neste mesmo ano foi realizada a primeira edição dos Jogos de Inverno,
levando a mais pessoas deficientes a possibilidade de praticar esportes em alto
nível.
Até os Jogos Paralímpicos de Sidney, os deficientes
intelectuais leves e moderados participavam em uma classe única. Posteriormente
a isso o (CPI) considerou precária sua forma de classificação e os excluiu dos
jogos Paralímpicos. Desde então eles participam apenas do Special Olympics. Já
os surdos sempre participaram de competições separadas.
Vinte e sete modalidades compõem o
programa dos Jogos Paralímpicos, sendo que vinte e cinco já foram disputadas e
duas irão estrear na edição do Rio 2016. Além de modalidades adaptadas, como atletismo, natação, basquetebol, tênis de mesa, esqui alpino ecurling, há esportes disputados exclusivamente
por deficientes, como bocha, goalball e futebol de cinco.
O Brasil tem conseguido destaque nos Jogos
Paralímpicos, o país estreou em 1976 e conquistou sua primeira medalha na
edição seguinte. Em 2008, pela primeira vez encerrou uma edição entre os dez
primeiros no quadro de medalhas, ficando em nono lugar com 47 medalhas.
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