terça-feira, 6 de setembro de 2016

Paralimpíada



O esporte para pessoas com deficiência começou como uma tentativa de colaboração no processo terapêutico. Nos dias de hoje, mais do que terapia, o esporte para pessoas com deficiência visa o alto rendimento, e o nível técnico dos atletas impressiona ao público e aos estudiosos da área da atividade física.

O primeiro programa de educação física para pessoas com deficiência aconteceu por volta de 1838, atendendo aos deficientes visuais na escola Perkins, na cidade de Boston devido as iniciativas do diretor Samuel Gridley Howe. Os exercícios médicos, que visavam a prevenção de doenças e promoção da saúde e vigor da mente e do corpo, tiveram grande influência, neste processo. 

Na Inglaterra, em 1944, Sir Ludwig Guttman (neurologista e neurocirurgião), criou um programa de tratamento no Centro de Lesão Medular do Hospital de Stoke Mandeville, que introduziu várias modalidades desportivas e promoveu as primeiras competições como forma de reabilitar militares feridos na Segunda Guerra Mundial.



Nos dias atuais, os Jogos Paralímpicos são o maior evento esportivo mundial envolvendo pessoas com deficiência, reconhecidos pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e sancionado pelo Comitê Paralímpico Internacional (CPI), organização que é membro do COI. Estes jogos equivalem às Olimpíadas, e estão voltadas principalmente aos atletas com deficiências físicas ou comprometimentos visuais.

Realizados pela primeira vez em 1960 em Roma, Itália os jogos incluiam atletas com deficiências físicas (de mobilidade, amputações, cegueira ou paralisia cerebral), além de deficientes mentais e intelectuais leves e moderados. O sucesso das primeiras competições proporcionou um rápido crescimento ao movimento paralímpico, que em 1976 já contava com quarenta países. Neste mesmo ano foi realizada a primeira edição dos Jogos de Inverno, levando a mais pessoas deficientes a possibilidade de praticar esportes em alto nível.

Até os Jogos Paralímpicos de Sidney, os deficientes intelectuais leves e moderados participavam em uma classe única. Posteriormente a isso o (CPI) considerou precária sua forma de classificação e os excluiu dos jogos Paralímpicos. Desde então eles participam apenas do Special Olympics. Já os surdos sempre participaram de competições separadas. 

Vinte e sete modalidades compõem o programa dos Jogos Paralímpicos, sendo que vinte e cinco já foram disputadas e duas irão estrear na edição do Rio  2016. Além de modalidades adaptadas, como atletismo, natação, basquetebol, tênis de mesa, esqui alpino ecurling, há esportes disputados exclusivamente por deficientes, como bocha, goalball e futebol de cinco.



O Brasil tem conseguido destaque nos Jogos Paralímpicos, o país estreou em 1976 e conquistou sua primeira medalha na edição seguinte. Em 2008, pela primeira vez encerrou uma edição entre os dez primeiros no quadro de medalhas, ficando em nono lugar com 47 medalhas.

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