Na antiguidade, os esportes tinham uma
conotação bem diferente dos dias atuais e eram praticados como treinamento
militar, atingiram seu ápice na Grécia antiga, quando foi organizado um torneio
periódico em homenagem aos deuses do Olimpo, por isso denominado de Olimpíadas.
Nos tempos modernos, os esportes se diversificaram muito e também a sua prática deixou de ser exclusivamente militar, o esporte em geral passou a ser uma atividade de lazer, de melhora do físico, ganhou adeptos em todo o mundo e em 1894, um pedagogo e historiador francês, Pierre de Frédy, mais conhecido por seu título de nobreza: “barão de Coubertin”, organizou um congresso internacional em Sorbonne, Paris, onde propôs a restituição da tradição de realizar um evento esportivo internacional, inspirado no que se fazia na Grécia antiga. Este congresso levou à constituição do Comitê Olímpico Internacional (COI), do qual o barão de Coubertin seria secretário geral.
O futebol é o esporte mais praticado do mundo, existem relatos de estranhas formas de prática de futebol pelos quatro cantos do mundo na antiguidade, mas, no formato atual, o esporte foi criado na Inglaterra em 1863 e logo se tornou uma febre, levando milhares de pessoas a praticá-lo e milhões a assisti-lo ao longo do mundo. Em virtude de sua popularidade e da bilheteria movimentada, o futebol passou a ser o primeiro esporte a ser praticado profissionalmente na era moderna.
O futebol foi o segundo esporte coletivo a fazer parte das olimpíadas, o primeiro foi o polo aquático. O futebol iniciou a sua participação em 1900 em Paris, mas, sem valer medalha, apenas como esporte de “exibição”. Desde sua primeira participação em uma olimpíada, houveram muitas controvérsias, hora pelo espírito olímpico inicial não contemplar esportistas profissionais, hora pela disputa entre o COI e a FIFA para regulamentar o campeonato de futebol dentro dos jogos olímpicos.
Em 1924 a FIFA anunciou que o vencedor do torneio olímpico seria declarado como campeão mundial, o Uruguai venceu as edições de 1924 e 1928 e ganhou o nome de “Celeste Olímpica”, mas, depois de 1928, o futebol foi banido dos jogos olímpicos, voltando a participar em 1936, mas, somente com jogadores amadores.
Em 1930, o francês Jules Rimet, presidente da FFF federação francesa de futebol e da FIFA, organizou a primeira Copa do Mundo de futebol, com sede no Uruguai, pais que havia vencido os últimos dois jogos olímpicos e que inclusive venceu a primeira Copa do Mundo.
Nos dias atuais, os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo, são os maiores eventos esportivos do mundo, movimentam milhões de dólares, são as grandes receitas do COI e da FIFA e apesar de praticamente não existirem mais atletas amadores, não é do interesse de nenhuma delas que os países sejam representados por suas forças máximas no futebol.Para a FIFA seria a reedição do mundial, o que poderia reduzir a receita e o interesse do mesmo, para o COI seria um risco de que os demais esportes ficassem ofuscados pelo mais popular dos esportes, sem contar os clubes que teriam grandes perdas econômicas se tivessem que ceder seus maiores nomes a suas seleções a cada dois anos.
A nota curiosa destes 120 anos de esportes da era moderna é que dentro destes dois grandes eventos mundiais, oficialmente, o único deficiente físico que atuou e não só atuou como venceu, foi Héctor Castro “El Manco”, meio campista da equipe do Uruguai, da copa de 1930, “El Manco” ganhou esse apelido por não ter a mão direita, decepada num acidente com uma serra elétrica quando tinha 13 anos. Héctor foi o único jogador deficiente a participar de uma Copa do Mundo até hoje, marcou o primeiro gol da Copa de 1930, o primeiro gol do estádio Nacional de Montevideo, marcou um dos gols da final vencida por 4X2, sobre a Argentina e sagrou-se campeão mundial.
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