O ano de 2013 começou e este
é o ano da Copa das Confederações e conforme prometido eu irei a partir desta
postagem estar apresentando minhas experiências em três eventos, três shows que
eu fui assistir, para demonstrar as dificuldades encontradas como deficiente,
residindo na cidade mais rica do país, na realidade a maior e mais rica cidade
da América Latina e do hemisfério sul do planeta.
Para aqueles que me
acompanham do exterior, eu falarei um pouco do meu País. O Brasil é um país
muito bonito, nosso povo é muito alegre e formado por uma forte miscigenação
cultural. Aqui orientais, negros, índios e europeus se misturaram formando um
povo hibrido que convive em harmonia. Se você pensa em vir ao Brasil, pode
estar seguro que será recebido de braços abertos independente de sua cultura,
sua religião ou sua etnia.
Em São Paulo nós temos
igrejas católicas, protestantes, espíritas, mesquitas, sinagogas, budistas,
entre outras e ninguém é contestado quanto a sua orientação, aliás está
assegurado em nossa constituição a liberdade de credo religioso.
Infelizmente convivemos com
problemas de segurança, assaltos, drogas e tudo que permeia as grandes cidades
do mundo nos dias atuais.
Quanto a deficiência, o
Brasil ainda engatinha, existem muitas leis, mas, quase não são divulgadas e
muito menos cumpridas. Existe toda uma falta de educação do povo com os
deficientes, desrespeito as vagas especiais, desrespeito em filas, enfim nosso
povo não sabe como tratar aos deficientes.
Cabe salientar que o Brasil
teve uma breve e tímida participação na segunda grande guerra mundial e antes
disso, a muito tempo atrás a guerra do Paraguai. Podemos dizer que estamos
invictos, duas guerras, duas vitórias. O fato é que nossa pouca participação em
conflitos, jamais gerou um grande número de deficientes e embora o número de
deficientes por acidentes e de nascença seja razoável, o Brasil sempre os
escondeu, somente agora em um mundo globalizado é que o Brasil começou a se
mobilizar neste sentido.
Eu acredito que podemos e
vamos evoluir muito neste sentido, tanto que mesmo sendo deficiente, me
candidatei a trabalhar como voluntário na Copa do Mundo.
Aqui vai o meu primeiro
relato, minha primeira experiência como deficiente em shows no Brasil:
Tomado pelo momento de
inclusão que o Brasil vem vivendo, eu me aventurei a ir a três shows nos últimos dois anos e o que eu
vivi foram experiências muito diferentes.
Em 2010 eu fui ao HSBC Brasil,
assistir ao show “nóis na fita” com Leandro Hassum e Marcius Melhem.
A experiência foi
fantástica, a casa tem um atendimento especializado, possui locais exclusivos
para deficientes junto a área VIP com preço de pista para a acompanhante e
cobra meia entrada do deficiente, vende antecipada a vaga no estacionamento e
oferece gratuitamente o serviço de valet.
Na chegada a casa, meu carro
foi estacionado em frente a casa e um bombeiro me recebeu no carro, com uma
cadeira de rodas adequada ao meu tamanho e me conduziu até a minha mesa continuando
próximo durante todo o show para o caso da necessidade de uma retirada de
emergência.
O show foi ótimo, os
artistas são muito bons, agradáveis e brincam com os deficientes, completando a
inclusão.
O HSBC Brasil é uma casa que
visa a satisfação do consumidor acima do dinheiro, inclusive nós deficientes, é
um lugar recomendado.
Esta experiência me animou e
eu resolvi ir com a minha filha ao show do U2 no Morumbi, um fiasco total, mas, esta eu conto na próxima.
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