Depois das eleições eu estou
de volta, são muitas as notas ruins das eleições, a obrigatoriedade do voto
mesmo aos deficientes, a falta de vagas para os deficientes estacionarem
próximos aos seus locais de voto e até a pseudo-acessibilidade anunciada pelo
TSE.
A mais triste nota das
eleições, para nós paulistanos e deficientes foi a vitória de um candidato que por
força do dinheiro do partido entupiu a cidade com aqueles inconvenientes
cavaletes que impediam a acessibilidade dos deficientes, aquele que não nos
respeitou nem quando precisava de nosso voto.
A nós, cidadãos, deficientes
ou familiares de deficientes só nos cabe agora fiscalizarmos esta gestão,
exigirmos nossos direitos, exigirmos a inclusão, exigirmos o cumprimento das promessas
de campanha e acima de tudo exigirmos tratamento descente e acessível aos deficientes
estrangeiros que aqui estarão nos visitando na Copa do Mundo.
A única nota feliz destas
eleições ficou por conta da polícia militar de São Paulo. Eu votei na UNICID no
Tatuapé, a entidade dispõe de uma única vaga para deficientes, o que é um
prêmio, considerando que outros membros da minha família votaram em locais onde
nem se quer havia local para estacionamento.
A vaga exclusiva da UNICID,
obviamente estava tomada por pessoas sem qualquer deficiência, mas, a policia
militar fez valer os meus direitos e viabilizou o meu acesso as urnas.
Fica o meu protesto ao TSE
mais uma vez, com certeza ninguém do TSE tem parente deficiente e lá não deve
trabalhar nenhum deficiente, mas, não basta colocar teclas em braile nas urnas
eletrônicas e salas especiais no térreo nos locais de votação, um local para
fácil estacionamento e a liberdade de escolha entre votar ou não também fazem
parte da acessibilidade, o que vocês chamam de um “direito” a milhões de
brasileiros é um “transtorno”.
Aos eleitores fica um pedido
especial, "responsabilidade" e “consciência”, pois, embora a maioria eleja um candidato, todos nós
temos que pagar por esta escolha.
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