domingo, 9 de setembro de 2012

Deficiência e eleição


Pessoal, hoje eu vou falar sobre um assunto que eu odeio, vou falar um pouco de política.


No Brasil votar não é um direito é uma obrigação, afinal nossos preciosos políticos necessitam de nosso voto. Se não fosse obrigado se votar nesse país, a contagem de votos para: presidente, governador e prefeito provavelmente lembrariam escore de jogo de basquete, já a contagem de votos para: vereadores, deputados estaduais e federais e senadores, lembrariam mesmo escore de futebol, onde mais de três a zero seria goleada.

O Tribunal Eleitoral está veiculando uma propaganda ridícula, onde um deficiente visual se mostra feliz pelo fato de ter um local acessível para votar. Esta é a mínima obrigação do Estado e não só nas eleições, é só fazer uma visita as repartições publicas, municipais, estaduais e federais incluindo escolas, universidades e pasmem hospitais, para se constatar que grande número não conta com a tal acessibilidade.

Senhor ministro, nós deficientes, esperamos que sempre exista esta acessibilidade, mas, como todos os cidadãos brasileiros, nós queremos que votar seja um direito, conforme descrito na constituição e não um dever, afinal, a julgar pelo alto custo e os péssimos serviços prestados por nossos políticos é uma afronta que alguém com qualquer deficiência tenha que deixar sua casa, com toda dificuldade somente para dar um voto a isso que os senhores tem coragem de chamar de “candidatos”.

Agora Senhor ministro, vergonha mesmo são estes cavaletes que estão sendo colocados pelos candidatos no meio do passeio publico, isto sim é uma afronta ao deficiente.

Alguém pode me explicar como um deficiente visual, um cadeirante ou uma pessoa com mobilidade reduzida consegue caminhar nestas vias:


os deficientes que atravessem em outro lugar


os deficientes que pisem no bueiro


os deficientes que caminhem pela rua

Você meu amigo, que é deficiente ou parente de um deficiente, lembre bem dos nomes que aparecem nos cavaletes, pois, se o candidato não te respeita agora que precisa do seu voto, jamais irá respeitá-lo depois de eleito.



Notem que até a imagem da Presidente da Republica aparece nos inconvenientes cavaletes. Com certeza se for questionada pelos mesmos dirá não saber de nada.

Por fim, Senhor Ministro, eu hoje infelizmente estava sem minha câmera quando passei na Avenida João Dias e vi cavaletes entupindo a calçada, firmei a vista e vi que o candidato era o ex-ministro Orlando Silva, o mesmo que foi destituído pela Presidente da Republica por corrupção, assim fica difícil acreditar na tal de “ficha limpa”.

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