quinta-feira, 29 de março de 2012

Um cuidado necessário (carros)


Hoje irei explorar um assunto que está em destaque no cenário brasileiro e é um dos maiores responsáveis pelas deficiências adquiridas ao longo da vida, em todo o mundo, o acidente de trânsito.

Os carros são máquinas e como tal, são projetados para facilitar as vidas de seus usuários. No Brasil, a abusiva carga tributária sobre a montagem e/ou a importação dos veículos os tornaram também em um símbolo de status.

Um carro é a maior arma acessível a maioria da população mundial, cabendo a seu condutor a decisão de quando irá utilizá-lo como tal, mas, cabendo a vida a decisão de quem sairá morto ou ferido.

Para que um veículo deixe de ser uma arma e seja apenas um meio de transporte, cabe a seus usuários tomarem pequenas decisões racionais.

Jamais dirigir sob o efeito de álcool, drogas ou medicamentos, sempre leia as bulas dos medicamentos que lhe são receitados ou questione ao médico que os receita sobre efeitos colaterais, muitas das drogas ilícitas de hoje, não passavam de medicamentos de livre compra no passado.

Respeitar as sinalizações de trânsito e principalmente os limites de velocidade estabelecidos, as normas de trânsito são internacionais, valem em qualquer lugar do planeta, já os limites de velocidades podem variar de acordo com estatísticas de acidentes locais.

90% dos acidentes de trânsito ocorrem por falha humana e dos 10% restantes, grande parte por falta de manutenção do veículo o que não deixa de ser também uma falha humana.

Em resumo, os acidentes não acontecem, nós os causamos.

Eu tirei minha habilitação em 1979, em 1980 eu ingressei em um curso de pilotagem e lá aprendi regras básicas que confesso não entender o motivo de não serem obrigatórias a todos os motoristas, agora eu as divido com vocês:

Posição de assento


1-    Quando for possível regular, ajuste a altura do assento para que fique a cerca de 30 cm do chão do carro.

Nos carros de competição, os assentos são fabricados de acordo com a biometria do piloto, como os veículos de rua são feitos a população geral, eles são dotados de ajustes.


2- Distância: a distância do volante deve permitir que as pernas estejam dobradas em        um ângulo de aproximadamente 135 graus.

Dirigir com braços e pernas esticados reduzem seu controle sobre o volante e os pedais, mas, principalmente em caso de uma colisão frontal ira causar maior impacto sobre os ossos e articulações, podendo levar desde simples fratura nos membros até lesões mais sérias na bacia, ombros e coluna, dependendo da força do impacto.

3-  Inclinação: incline o encosto entre 15 e 25 graus, o que gera um ângulo entre as coxas e os quadris de 110 a 120 graus.

A incorreta do encosto é causa de muitos problemas na coluna de quem dirige muito   tempo tais como a lordose, mas, em caso de colisão ela torna-se uma das principais causas de lesão medular. Lembre-se que uma inclinação errada do assento pode transformar o cinto de segurança em uma eficaz forca em caso de colisão.

4- Volante: muitos carros modernos permitem ajustar a altura e a distância do volante. Coloque-o de tal maneira que os braços não fiquem totalmente esticados nem muito dobrados.

      Ao segurar o volante, você deverá fazê-lo com as duas mãos, de preferencia de forma simétrica e com os polegares esticados de modo com que você os veja, isto oferece maior firmeza nos movimentos.




5-    Apoio de cabeça: ajuste-o bem perto do centro da cabeça. A parte superior deverá ultrapassar a linha limite da cabeça. O centro de gravidade da cabeça deve ficar apoiado nesse encosto. Se não puder ajustar o apoio de cabeça, ajuste o encosto do banco.

A parte superior do protetor do pescoço deve ficar na linha dos seus olhos ou da parte superior das suas orelhas. Não importa se o apoio de cabeça se projeta para cima. O prejudicial é que fique muito abaixo, porque a cabeça pode ir para trás e isso não pode acontecer, em caso de colisão traseira, a falta de apoio leva ao que os ortopedistas chamam de golpe de chicote, que pode levar ao deslocamento ou fratura de uma vértebra da cervical.


Uso correto do cinto de segurança




Os veículos atuais são equipados com cinto de segurança de três pontos sendo um deles retrátil, uma vez que o banco já esteja configurado conforme os pré-requisitos informados acima e você esteja confortavelmente sentado, o cinto de segurança deve envolvê-lo sem causar desconforto.

 1- Ajuste o cinto de segurança de modo que a correia superior não passe por seu pescoço nem muito baixo e sim entre o peito e a clavícula. Para colocá-lo na posição correta basta ajustar sua altura na coluna lateral.

Os carros de competição são equipados com cintos de segurança de seis pontos, o intuito é transformar o piloto em parte do carro, para que em caso de acidente ele não seja um corpo solto a receber a energia do impacto, também esta é a idéia nos carros convencionais. Jamais utilize dispositivos que possam reduzir a eficiência de seu cinto de segurança, é comum oferecerem nas esquinas, um dispositivo que causa folga no sinto, isto é um crime, em caso de colisão seu corpo será lançado este pequeno espaço antes de colidir com o sinto e de acordo com a folga ajustada você pode receber esta carga no pescoço causando asfixia ou mesmo lesão na coluna.

Atenção especial deve ser adotada por mulheres grávidas, conforme o desenho abaixo, para evitar danos no futuro bebê em caso de colisões.



Som veicular

Os veículos podem ser dotados de equipamentos de som para nosso lazer, mas, inconsequentemente, muitos equipam seus carros com aparelhos de som muito além do necessário e passam a dirigir com o volume alto, como quisessem obrigar os demais motoristas a ouvir suas preferências musicais.

Isto não é bonito, não é educado e principalmente não é nem um pouco inteligente.

Os pilotos profissionais, além do uso do capacete, fazem uso de um protetor auricular dotado de um pequeno alto falante para que possam se comunicar por rádio com a equipe. O motivo da proteção é que a exposição prolongada ao som alto leva a uma perda auditiva permanente e também porque esta exposição causa entorpecimento dificultando a tomada de decisões.


Estas são lições muito simples, fáceis de executar e de excelente eficiência, mas, a escolha entre adotá-las ou não cabe a cada um, porém, lembre-se sua atitude pode fazer diferença e um segundo pode mudar toda uma vida.

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