quinta-feira, 21 de junho de 2012

A Esclerose Múltipla e a deficiência

Bom dia meus amigos e leitores, estive duas semanas afastado por problemas técnicos em meu equipamento e na semana que vem estarei afastado para fazer uma pequena cirurgia.

Continuo trabalhando em meu livro e em breve irei divulgá-lo.

Hoje gostaria de falar um pouco mais sobre a doença que sou portador, a Esclerose Múltipla.

A Esclerose Múltipla é uma doença neurológica, degenerativa de origem ainda desconhecida da ciência, mas, se diagnosticada de forma precoce pode ser tratada e não deixar seqüelas.

Em meu caso ocorreram 16 (dezesseis) anos de diagnósticos errados de diversos médicos, que acabaram permitindo que a doença causasse lesão permanente em minha medula.

Em meus 20 (vinte) anos de vida profissional, como engenheiro, em sua maior parte vivida em cargos de destaque em multinacionais, eu sinceramente não me recordo de ter cometido erros que gerassem prejuízos financeiros ou mesmo que eu tenha prejudicado algum outro profissional de qualquer escalão, logo, eu me recuso a acreditar que um profissional, um médico, tenha deixado sua casa com o intuito de cometer um erro em meu diagnóstico ou em qualquer outro. Obviamente os diagnósticos errados aconteceram e eu acredito que tenham acontecido involuntariamente por que não havia motivo ou interesse em dar um diagnóstico errado.

Meu conselho é que se você sentir visão dupla, perda de equilíbrio, dormência, paralisia, procure rapidamente um neurologista e solicite exames específicos para esclerose múltipla, se for o caso busque uma segunda opinião.

Deixo aqui, para os moradores de São Paulo, duas atividades da ABEM, Associação Brasileira de Esclerose Múltipla:

  • Este muito importante




  • Este de lazer:



Um comentário:

  1. Olá Rubens!

    Cheguei ao seu blog meio por acaso procurando informações sobre dormência nas mãos. Acabei gostando muito do blog e li alguns posts. Entendi que você ficou supreso quando começou a frequentar as clínicas de fisioterapia e constatar o grande número de pessoas que as frequentam pelos mais diversos motivos. Eu achei o seu relato muito interessante porque sempre que vou a algum lugar com vagas de estacionamento reservadas para deficientes, rampas de acesso, cadeiras específicas, etc. fico torcendo para ver pessoas utilizando essas vagas e a verdade é que vejo poucas.

    Eu não tenho nenhum deficiência mas tento fazer a minha parte e lutar para que a mobilidade de quem tem seja facilitada de todas as formas possíveis.`Eu às vezes penso assim, que seria bom ver mais pessoas ocupando esses espaços, sabe? Acho que muito do preconceito tem a ver com desinformação e com desconhecimento mesmo. Quem não tem muitas informações acaba agindo de forma preconceituosa sem perceber (sendo condescendente, por exemplo). Outro dia uma amiga minha comentou comigo que "Nunca vi um cadeirante no cinema" e eu respondi que também nunca tinha visto. Como trabalhamos na área de saúde, sabemos da imensa quantidade de pessoas que se valem das cadeiras de rodas.

    Acredite, eu já sofri (e sofro) a minha cota pessoal de preconceitos que se devem a vários dos meus atributos embora eles não envolvam nenhuma deficiência. Sei que dói, sei que a gente se sente segregado e que dá muita raiva. Difícil a gente amadurecer sem se tornar um pouco amargo. A cada dia que passa me pergunto o que pode ser feito... E o mais interessante é que se você olhar pra mim na rua não saberá imediatamente quais tipos de preconceito as pessoas têm de mim. E isso não me faz sentir livre, mas sim mais presa ainda. Acho que a gente só se sente um pouco melhor quando não tem medo do ridículo, de pagar mico, do que as outras pessoas vão pensar, de como
    vão nos tratar... Mas essa é a luta de uma vida, né?

    Abraço!

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