Comunicação
Comunicação é uma palavra derivada do termo latino "communicare", que
significa "partilhar, participar algo, tornar
comum".
Através
da comunicação, os seres humanos e os animais partilham diferentes informações entre si, tornando o ato de comunicar uma
atividade essencial para a vida em sociedade.
Historicamente,
o ser humano tem o costume de segregar tudo aquilo que não é igual, fato
importante na formação de nossas sociedades, desta forma, é muito natural que
que qualquer pessoa que apresente alguma deficiência seja vista não só como
diferente, como também como incapaz.
Recentemente eu levei a minha
esposa ao Hospital São Luiz, ela estava com um dedo fraturado, eu cheguei ao
hospital dirigindo o meu carro adaptado, solicitei uma cadeira de rodas e o
profissional que me recebeu, que me auxiliou a descer do carro e a me sentar na
cadeira, quando me conduzia ao interior do hospital, se dirigiu a minha esposa
em voz baixa perguntando o que eu tinha.
Ele obviamente acreditava que
a minha deficiência física era um fator impeditivo de comunicação e
infelizmente o mundo é assim mesmo, eu fui atleta, sou formado em engenharia de
produção, pós-graduado, com experiência internacional, fui executivo de uma
grande multinacional, tomei decisões que envolveram milhões de dólares, mas,
quando me reúno com amigos de décadas, eles evitam falar ne negócios ou
política comigo.
É necessário
que nós nos lembremos que nem sempre uma deficiência nos incapacita, somente
para ilustrar, lembremos de alguns deficientes que causam inveja:
Antônio
Francisco Lisboa – o Aleijadinho, é
desconhecida a exata natureza de seu mal, mas, algumas de suas mais belas obras
foram concluídas após a deficiência adquirida.
Andrea
Bocelli - nasceu com glaucoma congênito que o
deixou parcialmente cego. Com doze anos, durante uma partida de futebol
levou um golpe na cabeça que fez com que sua cegueira se tornasse total.
Ludwig van
Beethoven - aos 26 anos de idade, sofreu a congestão
dos centros auditivos internos que mais tarde o deixou surdo, mas, continuou
sua obra até sua morte aos 56 anos.
Franklin
Delano Roosevelt – foi o 32.° presidente
dos Estados Unidos, cumpriu quatro mandatos, contraiu poliomielite em 1921 aos
39 anos, enfrentou a grande depressão de 1929 e a segunda guerra mundial no
comando do país.
Albert
Einstein – comumente sua imagem é associada a
síndrome de Asperger, Einstein costumava se autodenominar um homem de sorte,
pois, acreditava que um atraso no entender das coisas o fez pensar em “tempo” e
“espaço”, muito mais tarde do que as pessoas normais e quando ele o fez, já
tinha base matemática suficiente para entende-los.
Stephen
William Hawking – físico teórico e cosmólogo,
o britânico foi diagnosticado com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) em 1985,
aos 21 anos, é um dos mais consagrados cientistas da atualidade.
Hoje a importância de eu me
comunicar é passar a quem tem deficiência, a mensagem de que a vida continua e
de aumentar a sua autoestima e divulgar-lhes os seus direitos o que faço
através do meu blog:
Outra forma que eu
encontrei de me comunicar, foi escrevendo. Para quem adquire uma deficiência a
vida passa a parecer muito mais cruel, você perde sua fonte de receita, perde o
poder de cumprir os seus compromissos financeiros, perde o controle sobre o seu
próprio corpo, passa a depender dos outros para muitas coisas.
O pior da deficiência é
passar a maior parte do tempo na solidão, você se acostuma com a sua impotência
física e econômica, se acostuma a viver com uma aposentadoria irrisória, que os
políticos que ganham e gastam milhões acham justa, mas, dificilmente se
acostuma em ser improdutivo.
Eu resolvi aproveitar as
minhas horas de solidão, para escrever, uma terapia, uma forma de me sentir
produtivo e uma possibilidade de receita.
A minha primeira obra
deveria ser “o diário de um vencedor”, que conta a história da minha vida,
minhas lutas, minhas vitórias e derrotas até os dias atuais, quando apesar da
minha deficiência física e da minha limitação econômica, eu finalmente
encontrei a felicidade.
Infelizmente, um problema
em meu computador, fez com que eu perdesse esta obra que já estava 75% completa
e eu tive que voltar a redigi-la, espero estar publicando ela antes do meio do
ano de 2016.
Enquanto eu esperava que
algum técnico conseguisse recuperar os meus escritos no velho HD de meu
computador, eu acompanhava as notícias na televisão, onde a intolerância e o
preconceito imperam os noticiários mundiais, sentindo na “pele” o preconceito
por ter me tornado deficiente, nasceu a ideia de escrever sobre o preconceito.
O brasileiro se diz um
povo não preconceituoso, mas, a prática mostra uma realidade bem diferente, no
mercado de trabalho, mulheres e negros ainda recebem salários menores para
executarem as mesmas funções que homens brancos, homossexuais encontram
dificuldades em encontrarem oportunidades e para deficientes só existem
oportunidades em cargos inferiores. Nos grupos domésticos da sociedade, escolas,
clubes, bares, famílias, não é diferente, a religião e a ideologia das pessoas
também são julgadas.
Como tocar em um assunto
tão emblemático como o preconceito?
Com o sexo, por que o
sexo? Porque o sexo é uma experiência comum a todos os humanos e como temos o
costume de segregar tudo aquilo que não é igual, todos procuramos evitar
comentários sobre as nossas experiências, pois, é um assunto delicado e a
exposição de uma ideia, pode levar a maioria do nosso grupo a nos ver com
outros olhos e talvez nos segregar.
Eu aproveitei alguns
rascunhos e sobre eles escrevi uma história fictícia, com uma linguagem direta,
por vezes inocente, por vezes hilária e por vezes explicita visando trazer à
tona, todos os preconceitos e dúvidas que envolvem o tema “sexo”, bem como
demonstrar que a prática de sexo, desta ou daquela forma, não implica em um desvio
de moral, desde que nas questões que envolvam outras pessoas, os seus atos
sejam impecáveis. Imoral é roubar, mentir, se corromper, prejudicar aos outros
em seu benefício, etc., o que você faz na cama, com a sua parceira interessa
somente a você e a ela.
Os fatos narrados nas
partes explicitas, são resultado de anos de pesquisas em diversos círculos
sócio culturais, foram utilizados aqueles que apareceram, pois, considerando a frequência
com que apareceram, ou realmente aconteceram, ou são de um forte desejo de que
acontecessem.
O livro foi escrito de
forma a colocar o leitor no lugar narrador e viver suas escolhas, seus medos e
seus preconceitos para consigo mesmo.
Eu venho de uma família
tradicional, moralista, religiosa, onde era inadmissível se pronunciar um único
palavrão, onde meu pai faleceu aos 63 anos, sem nunca ter falado comigo nada
sobre sexo, e desta forma, muitas vezes foi muito difícil escrevê-lo.
Desta forma nasceu a obra “Um
homem, uma mulher e todas as cores do sexo”, sob o meu pseudônimo artístico de A. R. Holliday.
A obra foi publicada pela AGBOOK e só
pode ser adquiria pela internet, no link abaixo:
https://agbook.com.br/book/203360--As_Cores_do_Sexo
Agradeço a todos que a
adquirirem e a divulgarem, esperando de coração que seja uma leitura agradável
e que some alguma coisa a suas vidas.
A comunicação como
inclusão na pedagogia
Desde
o princípio dos tempos, a comunicação foi de importância vital, sendo uma
ferramenta de integração, instrução, de troca mútua e desenvolvimento. O
processo de comunicação consiste na transmissão de informação entre um emissor
e um receptor que descodifica (interpreta) uma determinada mensagem.
Pessoas
com deficiência, em nada diferem das demais, apenas apresentam mais dificuldades
em setores onde a sua deficiência se faz presente e quando esta deficiência é
de nascença, a comunicação poderá ser uma primeira barreira a ser quebrada,
para a sua inclusão na sociedade.
Existem
diferentes tipos de deficiências e consequentemente diferentes tipos de
comunicação:
Alfabeto Braille
LIBRAS (Linguagem Brasileira
de Sinais)
Prancha de comunicação
O importante é se comunicar e
nós somos humanos, se comunicar foi muito mais fundamental aos humanos do que a
qualquer outra espécie que já pisou na superfície deste planeta, foi se
comunicando que criamos nossas sociedades, fui se comunicando que quebramos o
átomo, foi comunicando que chegamos a Lua e com certeza será se comunicando que
venceremos a intolerância, será se comunicando que venceremos o preconceito.
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