A prefeitura de São Paulo
está realizando um censo para mapear os deficientes que residem em nossa
cidade, se você tem alguma deficiência e mora em São Paulo, clique no link
abaixo e cadastre-se
Hoje meu comentário vai questionar
a pior de todas as deficiências, a deficiência moral.
Quando falamos em
deficiência moral no Brasil, quase de imediato nos vem alguns políticos na
cabeça, mas, a política é o menor de nossos problemas, afinal, vivemos em uma
democracia e a cada quatro anos podemos mudar o cenário, se não o fazemos então
o problema está em nós mesmos.
É inadmissível, em pleno o
século vinte e um, que não possamos sair de nossas casas com a camisa de nosso
time por termos medo de sermos agredidos por alguém que torça por um time
rival, que não possamos ir a um estádio com um amigo e sentarmos juntos,
somente por que torcemos por equipes diferentes, que uma pessoa seja ofendida
na rua por sua etnia, religião ou preferência sexual, que se trate com desprezo
e indiferença aos deficientes.
Gente, moral, honestidade e
educação, não são qualidades, são o mínimo que pode se esperar de um ser
humano.
Quando eu me tornei
deficiente físico, com o laudo médico em mãos, eu procurei o DSV, na Rua
Sumidouro, nº 740, térreo, Pinheiros e solicitei meu cartão de estacionamento e
o cadastramento de meu veículo para isenção de rodízio.
Informações e o formulário podem
ser consultados no:
Somente de posse deste
cartão você pode colocar o adesivo de deficiente no veículo e exigir seus
direitos, mas, é ai que começa o martírio.
Embora todos os
estabelecimentos comerciais que tenham estacionamento devam por lei destinar
uma porcentagem de suas vagas a deficientes, muitos não a tem demarcada. Os que
as tem, muitas vezes as tem somente para cumprir a lei e não se importam com a
acessibilidade das mesmas.
Não existe fiscalização dos
estabelecimentos nas vagas exclusivas, alguns colocam cones de borracha nelas,
se o deficiente estiver só e se utilizando de um veículo adaptado terá que
deixar o veículo para retirar o cone ou atropelá-lo. A maioria dos
estabelecimentos tratam estas vagas com indiferença mesmo.
O maior problema, contudo, é
a total falta de educação e respeito do povo em geral, ninguém respeita a vaga
de deficiente, basta você ficar cinco minutos em pé em frente a uma que você verá
todo o tipo de gente estacionar nela.
Questionados ao descerem do veículo, as respostas são as mais criativas:
Questionados ao descerem do veículo, as respostas são as mais criativas:
- Eu
não reparei que era vaga para deficiente
- Eu
só vou parar por um minuto
- Eu
vim me encontrar com um deficiente
- Eu
não vou demorar
- Sabe
com quem você está falando?
- Eu sou idoso
Estas são as respostas mais comuns
Resolvi incluir este vídeo que recebi de um seguidor, trata-se de uma experiência e é muito legal espero que gostem:
Existem absurdos ainda maiores, são aqueles em que nossas vagas são usadas por quem deveria nos defender:
Resolvi incluir este vídeo que recebi de um seguidor, trata-se de uma experiência e é muito legal espero que gostem:
Existem absurdos ainda maiores, são aqueles em que nossas vagas são usadas por quem deveria nos defender:
Existe um infindo número de
relatos onde deficientes são agredidos fisicamente por reclamarem seus
direitos.
Este ano um cinegrafista do
jornal DFTV filmou a ministra Eleonora Menicucci utilizando uma vaga exclusiva
para deficientes com um veículo da Secretaria para Mulheres, na 702 Norte em
Brasília.
Esta é a nossa preparação
para sediar, uma copa do mundo? Uma olimpíada? Uma para-olimpíada?
Ou é a simples mostra de nossa
incapacidade de respeitar nossos próprios cidadãos?
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